domingo, 21 de agosto de 2011

CONHECER PARA INTERVIR

Prof. Ms Rafael Baioto apresentando a proposta de trabalho do dia.
No encontro do dia 20 de agosto os participantes tiveram acesso aos documentos da ONU: Carta da Terra, Agenda 21 e Protocolo de Quioto com a intenção de reexaminar nossos valores e alterar nosso comportamento. Pensar localmente para agir e integrar-se as ações globais de cultura em favor da teia da vida, que fazemos parte. Dinâmicas e ações para procedimentos de pesquisa
e busca de parcerias, foram temas debatidos.

Dinâmicas para reflexão.






Apresentação das reflexões dos grupos.



domingo, 14 de agosto de 2011

CONHECER-SE PARA SUPERAR LIMITAÇÕES E APRIMORAR QUALIDADES


Neste encontro do dia 13 de agosto os participantes do Ecoliderança7 vivenciaram momentos de desinibição e envolvimento grupal, competências fundamentais da liderança para influenciar pessoas visando objetivos de bem comum.

Posted by Picasa

Leituras indicadas para os Ecolíderes




O que é a Carta da Terra?
A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no
século 21, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica.  Busca inspirar todos
os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada
 voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e
das futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação. 
A Carta da Terra se preocupa com a transição para maneiras sustentáveis de vida e
 desenvolvimento humano sustentável. Integridade ecológica é um tema maior.
Entretanto, a Carta da Terra reconhece que os objetivos de proteção ecológica,
erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico eqüitativo, respeito aos
direitos humanos, democracia e paz são interdependentes e indivisíveis.
Consequentemente oferece um novo marco, inclusivo e integralmente ético para
guiar a transição para um futuro sustentável. 
A Carta da Terra é resultado de uma década de diálogo intercultural, em torno
de objetivos comuns e valores compartilhados. O projeto da Carta da Terra
começou como uma iniciativa das Nações Unidas, mas se desenvolveu e
finalizou como uma iniciativa global da sociedade civil. Em 2000 a Comissão
da Carta da Terra, uma entidade internacional independente, concluiu e divulgou
o documento como a carta dos povos.
A redação da Carta da Terra envolveu o mais inclusivo e participativo processo
associado à criação de uma declaração internacional.  Esse processo é a fonte
 básica de sua legitimidade como um marco de guia ético. A legitimidade do
documento foi fortalecida pela adesão de mais de 4.500 organizações, incluindo
 vários organismos governamentais e organizações internacionais.  
À luz desta legitimidade, um crescente número de juristas internacionais
reconhece que a Carta da Terra está adquirindo um status de lei branca (“soft law”).
Leis brancas, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos são consideradas
 como moralmente, mas não juridicamente obrigatórias para os Governos de Estado,
que aceitam subscrevê-las e adotá-las, e muitas vezes servem de base para o
desenvolvimento de uma lei stritu senso (hard law).
Neste momento em que é urgentemente necessário mudar a maneira como pensamos
 e vivemos, a Carta da Terra nos desafia a examinar nossos valores e a escolher um
melhor caminho. Alianças internacionais são cada vez mais necessárias, a Carta da
Terra nos encoraja a buscar aspectos em comum em meio à nossa diversidade e
adotar uma nova ética global, partilhada por um número crescente de pessoas por
 todo o mundo. Num momento onde educação para o desenvolvimento sustentável
 tornou-se essencial, a Carta da Terra oferece um instrumento educacional muito valioso.





1. O texto da Carta da Terra
PREÂMBULO
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em
que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se
 cada vez mais interdependente e frágil, o futuro reserva, ao mesmo tempo,
grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer
 que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida,
somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino
comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global
 fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça
 econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo
 que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com
 os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.
TERRA, NOSSO LAR
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar,
é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza
fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra
 providenciou as condições essenciais para a evolução da vida.
A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da
 humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com
 todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais,
 solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global
com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos.
A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.
A SITUAÇÃO GLOBAL
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação
 ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies.
Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não
 estão sendo divididos eqüitativamente e a diferença entre ricos e pobres
está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos
 têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem
precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico
 e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências
são perigosas, mas não inevitáveis.
DESAFIOS FUTUROS
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos
outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São
necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos
 de vida.
Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o
desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais.
 Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e
reduzir nossos impactos no meio ambiente. O surgimento de uma sociedade
civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo
democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos,
sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.
RESPONSABILIDADE UNIVERSAL
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de
responsabilidade universal, identificando-nos com a comunidade terrestre
como um todo, bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo
tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões
 local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente
e pelo futuro bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos.
 O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido
 quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo
 dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa
 na natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos
para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente.
Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios,
interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão comum,
 através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas,
 governos e instituições transnacionais será dirigida e avaliada.
PRINCÍPIOS
I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA
1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
a.    Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida
 tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
b.    Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial
 intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
a.    Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais,
 vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos
das pessoas.
b.    Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem a
maior responsabilidade de promover o bem comum.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas,
 sustentáveis e pacíficas.
a.    Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos
 e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de
 realizar seu pleno potencial.
b.    Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de
uma condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.
4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às
futuras gerações.
a.    Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas
necessidades das gerações futuras.
b.    Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem
a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra a longo prazo.
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra,
com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais
que sustentam a vida.
a.    Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento
sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam
parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
b.    stabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras
 selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra,
 manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
c.    Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.
d.    Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que
causem dano às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução desses
organismos prejudiciais.
e.    Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida
 marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam a saúde
dos ecossistemas.
f.     Administrar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e
combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano
ambiental grave.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental
 e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
a.    Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis, mesmo
 quando o conhecimento científico for incompleto ou não-conclusivo.
b.    Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará
 dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam responsabilizadas
pelo dano ambiental.
c.    Assegurar que as tomadas de decisão considerem as conseqüências cumulativas,
a longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas.
d.    Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento
 de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
e.    Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as
 capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar
comunitário.
a.    Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo
 e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
b.    Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais
com fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento.
c.    Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias
ambientais seguras.
d.    Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de
venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais altas
 normas sociais e ambientais.
e.    Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva
 e a reprodução responsável.
f.     Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material
num mundo finito.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio
aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido.
a.    Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade,
com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
b.    Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em
 todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
c.    Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a
 proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao
domínio público.
III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.
a.    Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos
 não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais
 e internacionais demandados.
b.    Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição
de vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não
são capazes de se manter por conta própria.
c.    Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e
habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.
10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os
 níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e
sustentável.
a.    Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
b.    Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações
 em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas.
c.    Assegurar que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos
sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
d.    Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais
atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas
conseqüências de suas atividades.
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade dos gêneros como pré-requisitos
para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à
educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.
a.    Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda
 violência contra elas.
b.    Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida
 econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias,
tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.
c.    Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros da
família.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um
ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde
 corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos
povos indígenas e minorias.
a.    Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça,
cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
b.    Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras
e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de vida
sustentáveis.
c.    Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu
papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
d.    Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.
IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover
 transparência e responsabilização no exercício do governo, participação
 inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.
a.    Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna
 sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que
 possam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
b.    Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação
significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de decisões.
c.    Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica,
de associação e de oposição.
d.    Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos
e independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela
ameaça de tais danos.
e.    Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
f.     Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios
 ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais
 onde possam ser cumpridas mais efetivamente.
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida,
os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de
 vida sustentável.
a.    Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas
que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
b.    Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências,
na educação para sustentabilidade.
c.    Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da
conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais.
d.    Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição
 de vida sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
a.    Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los
 de sofrimento.
b.    Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem
 sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
c.    Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não
 visadas.
16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.
a.    Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre
 todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
b.    Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a
colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos
ambientais e outras disputas.
c.    Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura
defensiva não-provocativa e converter os recursos militares para propósitos
pacíficos, incluindo restauração ecológica.
d.    Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição
 em
massa.
e.    Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a paz.
f.     Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo,
 com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade
 maior da qual somos parte.
O CAMINHO ADIANTE
Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo
 começo. Tal renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para
 cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os
valores e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de
 interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver
 e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local,
 nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e
 diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta
 visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra,
 porque temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por
verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar
escolhas difíceis. Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a
diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de
curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade
tem um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições
educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais
 e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre
 governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar
 seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os
acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da
Terra com um instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente
e o desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida,
 pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços
 pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida.


2. Protocolo de Kyoto
Introdução 
O Protocolo de Kyoto é um instrumento internacional, ratificado em 15 de março de 1998, que visa reduzir as emissões de gases poluentes. Estes, são responsáveis pelo efeito estufa e o aquecimento global. O Protocolo de Kyoto entrou oficialmente em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, após ter sido discutido e negociado em 1997, na cidade de Kyoto (Japão).

Objetivos e Informações 
No documento, há um cronograma em que os países são obrigados a reduzir, em 5,2%, a emissão de gases poluentes, entre os anos de 2008 e 2012 (primeira fase do acordo). Os gases citados no acordo são: dióxido de carbono, gás metano, óxido nitroso, hidrocarbonetos fluorados, hidrocarbonetos perfluorados e hexafluoreto de enxofre. Estes últimos três são eliminados principalmente por indústrias.

A emissão destes poluentes deve ocorrer em vários setores econômicos e ambientais. Os países devem colaborar entre si para atingirem as metas. O protocolo sugere ações comuns como, por exemplo:

- aumento no uso de fontes de energias limpas (biocombustíveis, energia eólica, biomassa e solar);

- proteção de florestas e outras áreas verdes;

- otimização de sistemas de energia e transporte, visando o consumo racional;

- diminuição das emissões de metano, presentes em sistemas de depósito de lixo orgânico.
- definição de regras para a emissão dos créditos de carbono (certificados emitidos quando há a redução da emissão de gases poluentes).

Expectativas 
Os especialistas em clima e meio ambiente esperam que o sucesso do Protocolo de Kyoto possa diminuir a temperatura global entre 1,5 e 5,8º C até o final do século XXI. Desta forma, o ser humano poderá evitar as catástrofes climáticas de alta intensidade que estão previstas para o futuro.